DICAS DE FARMACÊUTICO BENZODIAZEPÍNICOS: FARMACOLOGIA EM RESUMO

DICAS DE FARMACÊUTICO BENZODIAZEPÍNICOS: FARMACOLOGIA EM RESUMO

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Os benzodiazepínicos pertencem a uma variedade de substâncias que tem a capacidade de deprimir o Sistema Nervoso Central (SNC), provocando calma ou sedação (sonolência). Os Benzodiazepínicos (BDZs) são sendo classificados como hipnóticos sedativos.

Os BDZ são considerados fármacos de primeira escolha no tratamento da ansiedade, podem ser úteis como miorrelaxantes, anticonvulsivantes, pré-anestésicos e anestésicos propriamente ditos, porém a escolha dos diferentes benzodiazepínicos disponíveis deve ser feita após o diagnóstico do transtorno, assim como após a avaliação das condições físicas do paciente.

Estes medicamentos atuam potencializando a ação inibitória do neurotransmissor Ácido Gama Aminobutiírico (GABA). Seus alvos são os receptores do ácido γ-aminobutírico tipo A GABAA, que é o principal neurotransmissor inibitório no sistema nervoso central, esses receptores do GABA A são compostos de uma combinação, no somatório de cinco subunidades α, β e γ inseridas na membrana pós-sináptica.

Os BDZs apresentam variações em sua farmacocinética, desde a absorção até sua excreção, mas em aspectos generalizados todos são rapidamente absorvidos, independente da via de administração, por conta da sua alta lipossolubilidade, que é uma característica que confere ainda extensa distribuição pelos tecidos, em sua maioria assim como seus metabólitos possuem alta ligação à proteínas, e apresentam fácil travessia pela barreira hematoencefálica, além disso, eles ainda ultrapassam a barreira placentária e são excretados no leite materno, portando as mulheres que necessitarem utilizar o fármaco durante período de amamentação deve ter seus filhos observados quanto a possíveis efeitos colaterais.

Devido ao efeito depressor dos benzodiazepínicos no sistema nervoso central (SNC), uma interação farmacodinâmica perigosa ocorre quando há associação com outros fármacos que aumentam o efeito de sedação e podem levar à depressão respiratória, como os barbitúricos, os antidepressivos tricíclicos, os tetracíclicos, os antagonistas dos receptores da dopamina, os opioides e os anti-histamínicos.

A interação com álcool deve ser levada em consideração, podendo ser extremamente grave.

O uso prolongado pode causar efeitos colaterais leves e mais graves como perda da memória e da função cognitiva e desequilíbrio, principalmente em idosos. Devem ser usados durante 2 a 4 meses, não devendo exceder este período, pois o paciente pode ficar tolerante a dosagem, necessitando aumento de dosagem.

Efeitos como sonolência, tontura, fraqueza, cefaleia, visão turva, náuseas e vômitos, desconforto epigástrico e diarreia, podem ainda aparecer.


São medicamentos que podem causar dependência física e psíquica.

Crédito da tabela : descrito no rodapé da tabela

Fonte:

  • RANG, H.P; RITTER, J. M.; FLOWER, R. J.; HENDERSON, G. Farmacologia. 8. ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2016.
  • GUIMARÃES, F. S. Hipnóticos e ansiolíticos. In: FUCHS, F. D, WANNMACHER, L. Farmacologia clínica: Fundamentos da terapêutica racional. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2010. p.711-727.
  • KATZUNG, B. G.; MASTERS, S. B.; TREVOR, A. J. Farmacologia Básica e Clínica. 12. ed. Porto Alegre: AMGH, 2014.

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