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A diversidade sexual e de gênero é um termo usado para referir-se de maneira inclusiva a toda a diversidade de sexos, orientações sexuais, identidades e expressões de gênero sem necessidade de especificar cada uma das identidades que compreendem esta pluralidade.
Pode parecer confuso a primeira, mas é fácil entender e imprescindível para qualquer profissional da saúde e membro da sociedade que preza pelo respeito e a harmonia em sociedade.
Veja alguns conceitos:
– Identidade de gênero: é a forma que você se enxerga no mundo, independentemente de seu sexo biológico. Você pode se reconhecer como um ser masculino, feminino, como os dois ou como nenhum deles.
– Orientação sexual: fala de atração sexual. Se o indivíduo se atrai sexualmente por alguém do mesmo sexo biológico ou não. Este termo não tem relação com a identidade de gênero.
A pessoa heterossexual se sente atraída por pessoas do gênero oposto ao dela, a homossexual se atrai por pessoas do mesmo gênero, a bissexual se atrai por ambos os gêneros, e a pansexual se atrai por pessoas independente da identidade de gênero ou do sexo dela. Além disso, existe também quem é assexual e não sente atração sexual por nenhuma pessoa.
ATENÇÃO: Até o ano de 1990, a Organização Mundial de Saúde (OMS) classificava a homossexualidade como um transtorno mental. Neste período, usava-se o termo “homossexualismo” para referir-se à orientação sexual de uma pessoa. Vale ressaltar que o sufixo “-ismo” significa “doença”, uma “patologia” na língua portuguesa.
No ano 1990, a OMS aprovou a retirada da palavra “homossexualismo” da Classificação Internacional de Doenças – CID, por isso não se deve usar mais essa terminologia, principalmente se você for um profissional de saúde.
– Sexo biológico: diz respeito a composição anatômica e genética do corpo humano ou animal. É o que entendemos por masculino (macho) – XY, feminino (fêmea) – XX, e intersexual – ??, que é quando se nasce com características físicas que não correspondem totalmente há nenhum dos sexos.
Assim: Mulheresque estão em consonância entre o sexo anatômico e a expressão de gênero, são consideradas pessoas cisgênero, enquanto mulheres que estão em dissonância entre o sexo anatômico e a expressão de gênero, como travestis, mulheres trans e etc são consideradas pessoas transgênero;
Homens em consonância entre sexo anatômico e expressão de gênero, são cisgênero enquanto, homens em dissonância entre seu sexo anatômico e expressão de gênero, como travestis, homens trans e etc são considerados pessoas transgênero.
Lembre-se: Ser profissional da saúde é trabalhar para ajudar o próximo, na retomada de sua qualidade de vida e bem estar, sem a prática de achismos, preceitos religiosos e preconceitos. Você como profissional da saúde deve estar lá, para o seu paciente, independente de seu comportamento sexual, sua aparência física e suas vestimentas.
“Se aprende com as diferenças e não com as igualdades” – PAULO FREIRE.
crédito da imagem: The Genderbread Person 2.0
Fonte:
MELO, Talita Graziela Reis ; SOBREIRA, Maura Vanessa Silva. IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL: PERSPECTIVAS LITERÁRIAS. Temas em Saúde, v. 18, n. 3, p. 381–404, 2018. Disponível em: <http://temasemsaude.com/wp-content/uploads/2018/09/18321.pdf>.
Identidade de Gênero. www.adolescencia.org.br. Disponível em: <http://www.adolescencia.org.br/site-pt-br/identidade-de-genero>. Acesso em: 09 Jan. 2022.
BIANCA, Man. Identidade de Gênero: o que precisamos saber sobre? DCI. Disponível em: <https://www.dci.com.br/dci-mais/noticias/identidade-de-genero/10870/>. Acesso em: 09 Jan. 2022.