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Como principal benefício, podemos comparar com outros sedativos, o Zolpidem tende a interferir menos com as fases naturais do sono, incluindo o sono REM (movimento rápido dos olhos), que é essencial para a restauração mental assim como apresenta menor probabilidade de efeitos residuais na manhã seguinte, como sonolência ou sensação de “ressaca”.
Pesquisas também demonstraram que o Zolpidem é rápido e eficaz na restauração da função cerebral em pacientes em estado vegetativo após lesão cerebral. Essa droga tem a propensão de reverter total ou parcialmente o metabolismo anormal de células cerebrais danificadas após lesão.
Contudo, seu uso é considerado seguro se for feito de forma racional, por um período máximo de 3-6 meses consecutivos.
Está disponível em várias formas, incluindo comprimidos de liberação imediata, comprimidos de liberação prolongada, e formulações sublinguais e orais, proporcionando opções dependendo das necessidades específicas do paciente.
Por outro lado, este medicamento tem efeitos depressores do SNC, que podem incluir sonolência, diminuição do estado de alerta, sedação, sonolência, tontura e outras alterações na função psicomotora.
Possui um grande alerta sobre a memória do paciente, uma vez que estudos comprovaram uma redução acentuada na memória da manhã seguinte de informações transmitidas aos usuários de Zolpidem durante o pico do efeito do medicamento (90 minutos após a administração). Esses indivíduos experimentaram uma condição conhecida como amnésia anterógrada.
Outro grande risco para o uso de Zolpidem está no seu uso prolongado, que pode levar ao desenvolvimento de dependência física e psicológica. A tolerância ao medicamento também pode se desenvolver, exigindo doses maiores para obter o mesmo efeito sedativo, o que aumenta o risco de dependência.
Pessoas adictas de álcool e outras drogas como cocaína, crack e LSD costumam ter sua tolerância e dependência de Zolpidem potencializada, o que eleva e muito o uso abusivo da medicação e risco de overdose podendo levar a parada cardíaca e morte.
Há relatos de comportamentos complexos como sonambulismo, dirigir, comer ou realizar outras atividades enquanto ainda estão sob o efeito do Zolpidem, sem se lembrar posteriormente. Esses comportamentos podem ser perigosos tanto para o usuário quanto para outras pessoas.
Idosos e pessoas com comorbidades, como insuficiência hepática ou respiratória, podem ser mais vulneráveis aos efeitos adversos do Zolpidem. Nesses grupos, a dosagem deve ser cuidadosamente monitorada e ajustada.
Interações medicamentosas com Zolpidem podem agravar os riscos associados a seu uso. Hábitos dos pacientes como abuso de substâncias, transtornos mentais prévios podem e estresse crônico podem induzir ao uso abuso de Zolpidem o que pode levar a risco de morte do paciente.
crédito da imagem: Vinicius Lôbo
REFERÊNCIA:
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